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“Sombras-Luzes: identidade na diáspora japonesa no Brasil” estreia no Museu da Imigração e traz questionamento identitário de descendentes de japoneses no Brasil

A mostra reúne fotografias, vídeos, pinturas e diversas técnicas que exploram os contrastes entre os elementos da luz e da sombra



"Visceralidades" de Claudia Kiatake - Reprodução fotográfica: Iara Morselli

O Museu da Imigração (MI) – instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo – inaugura, em 23 de janeiro, a exposição “Sombras-Luzes: identidade na diáspora japonesa no Brasil”, das artistas Cristina Suzuki e Claudia Kiatake.


A sombra é um elemento importantíssimo para a cultura japonesa, sobretudo no período Edo, em que o Japão fechava seus portos para estrangeiros. No ensaio “Em louvor da sombra”, escrito em 1933 por Junichiro Tanizaki, o autor analisa a presença e valorização da sombra dentro do teatro, da arquitetura, da arte e do cotidiano japonês, além de interpretar a presença da luz no Japão como a entrada da cultura ocidental.


Nesse contexto, as artistas se debruçam sobre a dualidade e a ambiguidade desses dois elementos contrastantes como metáfora de duas culturas que entram em confluência. Ao se estabelecer no Brasil, a cultura japonesa adicionou aspectos à sua subjetividade além do japonês, surgia algo novo.



"Relatório de DNA" de Cristina Suzuki - Reprodução fotográfica: Iara Morselli


Segundo o curador Allan Yzumizawa, “as obras refletem, portanto, este lugar ambivalente de maneira que possamos eliminar as distâncias estigmatizadas do Oriente fabulado e inventado pela colonialidade e notar que, nessas diferenças, reside a potência de criação de algo inovador.”



Técnica: fotografia impressa em papel sulfite 75 g (tipo lambe) Dimensão: 200 x 290cm
"Que culpa é essa?" de Cristina Suzuki - Reprodução fotográfica: Iara Morselli


Durante a abertura da mostra, às 14h30, será realizada a performance na instalação “Lago de Nanquim”, única obra da mostra que tem autoria compartilhada entre as artistas, e contará com a participação do curador Allan Yzumizawa.


A performance materializa o processo da obra que faz alusão aos contrapontos entre as culturas europeias, representadas pela arquitetura do prédio, e asiáticas, representadas pela tinta nanquim, e propõe a discussão sobre atravessamentos, confrontos e possíveis confluências entre essas culturas na formação social brasileira, a partir do processo de imigração.


Na abertura da exposição foi realizada uma performance na instalação “Lago de Nanquim”, única obra da mostra que tem autoria compartilhada entre as artistas, que contará com a participação do curador Allan Yzumizawa. A performance materializa o processo da obra que faz alusão aos contrapontos entre as culturas europeias (representadas pela arquitetura do prédio) e asiáticas (representadas pela tinta nanquim) e propõe discutir os atravessamentos, confrontos e possíveis confluências entre essas culturas na formação social brasileira, a partir do processo de imigração. Foto: Juliana Wild
Lago de Nanquim - Artistas: Claudia Kiatake e Cristina Suzuki - Foto: Juliana Wild

O projeto ocupa a sala de exposições temporárias Hospedaria em Movimento até 5 de maio de 2024.


Vídeo obra AFETO

Artista: Claudia Kiatake

“AFETO” é uma obra interativa da artista Cláudia Kiatake. O público é convidado a tocar a obra,

uma caixa de acrílico contendo papel washi com fios de tecido, limalhas de papel metálico e

cera de vela sobre o papel.

À medida que você passa a mão sobre a superfície de acrílico, por causa eletrostática gerada

pelo atrito em um ambiente totalmente seco, o conteúdo se mexe, transformando a obra

O afeto é uma reflexão sobre a demonstração de sentimentos em uma relação humana do

oriental x o ocidental.


Sobre as artistas


Cristina Suzuki

É formada pelas Faculdades Integradas Teresa D'Ávila – Santo André, SP. Pesquisa padrões de diferentes naturezas, possibilidades de reprodutibilidade e alternativas de “pulverização” do trabalho de arte, utilizando gravuras, fotografias, objetos, instalações, desenhos digitais e vídeos.


Claudia Kiatake

Produz pinturas abstratas utilizando cera de vela, nanquim, aquarela, pigmento e tecido sobre lona, papel-algodão ou papel japonês washi e esculturas em suportes variados, como cobre, aço corten, aço inox, madeira, entre outros materiais. Atualmente, pesquisa conceitos da estética japonesa, como o efêmero, o vazio e o sutil, relacionados à ancestralidade.


Sobre o curador


Allan Yzumizawa

É professor, pesquisador de cultura e arte contemporânea. Atua como curador no Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (MACS). É doutorando em História da Arte pela Unifesp, mestre em Artes Visuais pela Unicamp e bacharel em Artes Visuais pela mesma universidade.


Dentre os principais projetos como curador, destacam-se: Quando sou aquilo que não lembro que fui, Sesc Sorocaba (2018); Corpos da água vermelha (Prêmio ProAC 2021); e A invenção do herói, MAC Sorocaba (2022).


Serviço


Inauguração da exposição Sombras-Luzes: identidade na diáspora japonesa no Brasil

Data: 23 de janeiro de 2024 às 14h00

Local: Sala de exposições temporárias Hospedaria em Movimento

Em cartaz até 5 de maio de 2024


Museu da Imigração

Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 – Mooca – São Paulo/SPCEP: 03164-300Tel.: (11) 2692-1866

Funcionamento: de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h (fechamento da bilheteria às 17h) R$ 16,00 e meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos | Grátis aos sábados e, todos os dias, para as crianças até 7 anos

Acessibilidade no local – Bicicletário na calçada da instituição – Não possui estacionamento

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